E se há alturas em que só saio por motivos profissionais (naquelas que carinhosamente apelidei de "viagens na minha terra"), este ano está a ser um "desassossego" bom de passeios em lazer!
No fim-de-semana rumámos a Sul, até ao Alentejo. Andámos por Évora e, como os miúdos deliram com a ideia de ir a Espanha, resolvemos passar a fronteira junto ao Alqueva e acabámos por parar em Monsaraz para almoçar.
Monsaraz é daquelas terras deliciosas que vale a pena conhecer. Desenvolve-se no topo do monte, dentro das muralhas de um antigo castelo, numa mistura charmosa entre o branco da cal e o negro do xisto.
A Vila é relativamente pequena, pelo que dá perfeitamente para percorrer a pé (aliás, os carros não podem entrar dentro da muralha). Usem a muralha como referência e sigam, sem pressas, pelas ruas estreitas e inclinadas. Para quem gosta de monumentos, a Igreja Matriz e a muralha do Castelo são pontos de passagem obrigatória. Mas, para quem como eu se perde nos pormenores, tudo serve de pretexto para parar: as portas minúsculas, as rendas nas janelas, o musgo amarelo que, nesta altura do ano, cobre os monumentos e a vida da Vila, que mais parece uma aldeia onde todos se conhecem.
Depois há as lojas... A não perder, recomendo a Loja da Ervideira. Não pelo vinho em si (que desconheço), mas porque está instalada numa antiga escola onde podemos encontrar objetos tão giros como: o quadro de ardósia; o estrado onde outrora estava a secretária da professora; azulejos espalhados pelas paredes com o abecedário e contas de somar; um painel de azuleijos com a história da Vila; e uma lareira onde professora e alunos de aqueciam no Inverno. Para quem gosta de artesanato, há várias lojas onde se podem adquirir produtos regionais como as típicas cadeiras de madeira e as quase extintas mantas alentejanas.
Para almoçar, recomendo a esplanada do Xarez, onde podem degustar várias iguarias alentejanas ao mesmo tempo que se deliciam com a paisagem. A vista é soberba sobre as planícies alentejanas e a albufeira do Alqueva!
Depois de Lisboa, é altura de partilhar alguns dos meus truques para saber o que de melhor se passa em Portugal. Sejam publicações nacionais ou regionais, há várias que vou acompanhando e que me acompanham para quase todo o lado...
Espero que gostem. E, se conhecerem outras, partilhem também!
Há pessoas que adoro ler. E a Sancha Trindade é uma delas. A sua plataforma está cada vez mais bonita e agora, para além de nos contar em primeira mão o que melhor Lisboa tem para oferecer, também nos presenteia com sugestões no Porto, em Portugal e pelo Mundo. Outra novidade boa é que a plataforma Atlântica está em formato de televisão no Económico TV e Canal 180.
Se gostam de surpresas esta é a publicação indicada para vocês. O processo é simples: inscrevem-se online e automaticamente entram neste delicioso jogo aleatório. E, todas as semanas, recebem um email secreto que vos dá a conhecer pedaços do nosso querido Portugal.
(para mim!) Não tem aquele estilo de escrita, informal e divertida, que a Time Out Lisboa nos habituou. Ainda assim, é uma excelente publicação para quem quer estar a par dos melhores spots do Porto.
Foi-me apresentada por um de vós, aí desse lado, e daquilo que já fui vendo é um óptimo guia da cidade de Braga. Para além de falar de restaurantes, hotéis e sítios a visitar, inclui a rúbrica Trabalhar, numa perspectiva mais completa de viver a cidade.
Last but not least, a publicação bimestral da (minha) Câmara Municipal de Oeiras. O formato faz lembrar a TimeOut e, apesar do seu estilo mais institucional (inclui sempre uma introdução do Presidente da Câmara), é uma publicação muito completa e diversificada, com sugestões para toda a família nas mais diversas áreas da cultura e lazer.
Por uma questão de gosto pessoal, destaco a rúbrica {b}log in!, que durante muito tempo esteve a cargo da Marta e, desde que ela se mudou para a Rua das lojas, vai passando de mão em mão entre os excelentes bloggers do Município de Oeiras.
Está na moda gostar do que é nacional. Este movimento, em tudo impulsionado pelo trabalho de Catarina Portas no projecto “A Vida Portuguesa” desde há 7 ou 8 anos, ganhou uma nova dimensão nos últimos anos devido à crise que despertou a nossa consciência colectiva para a portugalidade, ou seja, o reconhecimento de que Portugal faz bem e que consumir português é bom para a saúde do país (e para o bem-estar de todos nós, entenda-se!).
Também na web este fenómeno ganha eco, não só em Portugal como além-fronteiras. De tal forma que hoje são já muitas as lojas online que vendem exclusivamente produtos portugueses. Os modelos são vários: lojas online, lojas online que evoluíram de lojas físicas e flash stores. Mas todas têm o mesmo denominador comum: vender exclusivamente produtos portugueses.
Cá dentro ou lá fora, vejam a selecção de projectos online que escolhi e digam lá se não vale mesmo a pena comprar o que é nosso!
Catarina Portas é, sem dúvida nenhuma, a primeira grande embaixatriz das marcas portuguesas em Portugal. A (sua) Vida Portuguesa é um ícone da qualidade da produção portuguesa manufacturada, que encanta portugueses e estrangeiros.
A Portugal Design Market aposta nas novas marcas e designers nacionais. Para quem gosta de estar a par das últimas novidades em design e conhecer a nova geração de designers nacionais, é uma plataforma a não perder.
Adoro esta plataforma! É notável o trabalho de pesquisa que a Cristina e a Marta fazem, já para não falar que este modelo de flash sales permite comprar os produtos portugueses a preço de saldo.
Quatro lojas que levam os produtos e o design português além-fronteiras. As 2 primeiras estão sediadas na Holanda, a terceira na Alemanha e a última em Nova Iorque.
Tem tanto de bairrista e popular como de cosmopolita e sedutora. Por isso, não é de estranhar que seja nesta cidade que muitos artistas e designers encontram inspiração para as suas criações.
Para seleccionar os projectos que vou partilhar neste primeiro a-cor-dar inspirei-me nesta fusão de constrastes entre a autenticidade do tradicional e a inovação do contemporâneo, sempre presentes na minha Lisboa. Espero que gostem!
#1 - Mercado de Campo de Ourique
Pensar em fazer um programa em Lisboa nos dias que correm é pensar no Mercado de Campo de Ourique. Aqui, as habituais bancas de legumes, fruta, peixe ou flores misturam-se com quiosques e tasquinhas de petiscos num ambiente, informal e boémio, recheado de experiências gastronómicas.
Porquê o mercado?
Ter destacado o mercado de Campo de Ourique como a primeira escolha do a-cor-dar não foi coincidência. O conceito presente neste mercado encerra em si muitos dos princípios que me inspiram e que acredito que podem fazer a diferença no nosso país: a valorização das nossas raízes culturais reinventadas de uma forma inovadora e contemporânea. Talvez por isso se tenha tornado num local da moda em Lisboa desde o primeiro momento.
#2 - Xêpa
É uma marca de acessórios de moda criada pela estilista Sofia Cotrim, cuja produção é manufacturada e onde todas as peças são únicas. Num divertido jogo de cores, materiais, texturas e padrões, Sofia cria carteiras, malas, mochilas, porta-chaves e um sem-número de outros acessórios de moda para mulher.
Porquê Xêpa?
Porque era menina para levar uma ou duas peças Xêpa para casa.
Porquê Pó de Talco? Porque é uma das minhas marcas preferidas no que toca a roupa de bebé e criança. Gosto particularmente da linha de praia que tem sempre conjuntos fato-de-banho/ calção de banho, ideais para quem, tal como eu, tem um menino e uma menina. Não é uma marca barata, mas vale pela qualidade das peças e acreditem que, mesmo nos saldos, conseguimos encontrar coisas bem giras!
#4 - Zua Pet Lovers
Lisboa também serve de inspiração no que toca a acessórios para animais de estimação. Prova disso é a Zua Pet Lovers, marca criada pela Xêpa dedicada aos nossos amigos de quatro patas. Na Zua podem encontrar coleiras, trelas e um sem-número de acessórios para tornar cães e donos ainda mais vaidosos!
Porquê Zua?
Pela alegria das cores e pela sua originalidade.
#5 - Girly Things
Trata-se de um projecto da autoria da Cristina Martins no qual, através de um processo criativo com base em frases feitas, são criadas peças únicas e pouco convencionais, desde quadros, espelhos, acrílicos ou agendas.
Porquê Girly Things?
Porque gosto do estilo urban chic e descontraído da Cristina e da sua Girly Things.
#6 - Carpet Diem
É uma marca de tapetes criada por dois amigos, Carmo Mexia e Nuno Benito, que são também os responsáveis pelo desenho de todas as peças. O seu objectivo principal é apresentar um bom produto, com qualidade e apostando no design, a preço acessível. Para conhecer a colecção Carpet Diem ao vivo e a cores sugiro uma passagem pelo showroom na Rua do Salitre, mesmo no coração da cidade.
Porquê Carpet Diem?
Gosto da irreverência dos padrões e cores, misturada com a tradição presente na lã, material em que são produzidos todos os tapetes.
E, sim, é verdade que de acordo com o que tinha escrito aqui, esta última marca deveria ser estrangeira. Mas, porque a produção da Carpet Diem é feita na Índia, achei por bem partilhá-la.