Antiga malhadeira de trigo (à entrada da aldeia de Caravela)
Assim termina o registo do nosso passeio pela Parque Natural de Montesinho. Deixo-vos com imagens de Montesinho, a primeira aldeia do Parque Natural a ser reabilitada e que é hoje um exemplo vivo das aldeias que outrora povoaram esta região do país; o moinho de água na aldeia de França, a mesma aldeia que em tempos recebeu muitos portugueses que, enganados, julgavam estar a emigrar para França; e, outras tantas imagens que ilustram a liberdade boa da vida do campo, as pessoas, os animais e um pôr-do-sol que aquece até hoje as memórias do nosso Verão.
Bragança foi o aperitivo na descoberta do nordeste transmontano. Ao subir a primeira encosta entramos no Parque Natural de Montesinho, um sítio mágico do nosso Portugal, onde homem e natureza falam a mesma língua e dançam a mesma canção.
Serras onduladas. Vales profundos. Ribeiras e riachos. Casas de pedra. Pontes romanas. Flores coloridas. Pessoas simples e genuínas. E animais, muitos animais. Explorar o Parque Natural de Montesinho é ficar com as baterias carregadas de ar puro, de verde e natureza. É desacelerar, baixar rotações, descobrir um outro ritmo, uma batida mais calma que até o relógio parece respeitar.
Os avós do primo Francisco são de Bragança e há muito que falávamos em visitá-los. Estas férias, a pretexto de fazermos uma surpresa ao Francisco no seu aniversário, rumámos ao extremo nordeste de Portugal.
Bragança é uma cidade charmosa, que se estende ao longo das margens do rio Fervença. Ruas estreitas. Prédios antigos. Varandas de ressalto. Janelas quadriculadas em guilhotina, coloridas e muito típicas. No alto, as muralhas do Castelo e a torre de Menagem avistam-se em qualquer ponto da cidade.
Dentro das muralhas, outra cidade. Uma cidade pitoresca, presa no tempo, de história rica e monumentos imponentes. A torre de Menagem, a Igreja de Santa Maria, o Domus Municipalis e o Museu ibérico da Máscara e do Traje são alguns pontos turísticos a visitar.
Isso, ou percorrer demoradamente as ruas estreitas, becos ou vielas, e subir à muralha, onde conseguimos ter uma vista panorâmica não só da cidade como de toda a região.
Os locais são afáveis, hospitaleiros, de sorriso fácil.
A comida é de babar, principalmente a famosa posta mirandesa, feita de carne de vitela que se desfaz na boca.
Em resumo, tudo bons ingredientes para uns dias muito bem passados!
Algumas notas úteis
A visitar em Agosto: a Feira Medieval de Bragança que decorre dentro das muralhas do Castelo por volta do dia 15.
Onde comer posta mirandesa: restaurante "O Silva".