Retomo as Bloggers Story com uma entrevistada muito especial: é mãe, empreendedora, idealista e, tal como eu, entrou na primeira fornada de Engenharia do Ambiente no IST há uns bons anos atrás! Atualmente dedica o tempo a ajudar as famílias portuguesas. Já descobriram de quem estou a falar? É verdade, a minha convidada de hoje é a Mariana Pessoa, um dos rostos da Pumpkin!
Sabem que por aqui as entrevistas são longas, mas muito inspiradoras. Por isso, convido-vos a pegar numa chávena de café, sentar-se confortavelmente e apreciar esta viagem pelo mundo da Mariana e da sua Família Pumpkin.
Fala-nos um pouco de ti. Conta-nos a história da Mariana que criou a marca Pumpkin
Eu nasci em Lisboa, filha de dois açorianos, e cresci em Santo André, no Alentejo litoral. Estudei em Lisboa, engenharia do ambiente no Técnico (onde te conheci...) porque queria mudar o mundo.
Vivi em Edinburgh - Escócia, em Birmingham e em Londres onde conheci um holandês por quem me encantei (e que ainda me encanta). Casamo-nos e fomos muito felizes viver para Lisboa, onde nasceram as nossas filhotas Leonor e Amelie. Entre as duas nasceu outro "filhote" muito querido: o nosso site Pumpkin, um projecto em família e para familias.
O que te motivou a criar a Pumpkin e porquê este nome?
Quando estava grávida da Leonor ainda vivia em Londres - mudei-me para Lisboa grávida de 8 meses. O Frank, meu marido, veio para cá trabalhar em consultoria mas foi vítima da crise e da falta de projetos e acabámos os dois em Portugal, com mais uma criança e menos um emprego. Da minha experiência de Londres percebi que em Portugal fazia falta sites de qualidade que disponibilizassem informação sobre serviços para crianças, informações úteis, sugestões de atividades para fazermos em família, etc. Foi por isso que criámos a Pumpkin, para ajudar as famílias a encontrarem o que precisam.
E porquê Pumpkin? Bom, Pumpkin era o nome que chamávamos à Leonor, quando eu estava grávida e ainda não sabíamos se seria rapaz ou rapariga. Como chamar-lhe feijãozinho ou ervilhinha. E quando pensámos num nome para o site, Pumpkin foi o primeiro que veio à cabeça e aquele que gostámos mais.
Em que consiste a Pumpkin.pt?
A Pumpkin é um site onde podem encontrar as melhores sugestões de programas em família, dicas úteis e os melhores serviços, recomendados por famílias como a nossa. Um site para famílias felizes :)
Uma das coisas que sempre me fascinou no vosso projecto foi a forma inteligente e genuína como tu e o Frank construíram a comunidade Família Pumpkin e o carinho e confiança que foram ganhando das famílias portuguesas. Podes partilhar connosco um pouco da vossa “receita para o sucesso”?
Para mim genuinidade é a palavra chave. Nós somos assim. E somos apaixonados pelo que fazemos. Somos felizes a fazer felizes os outros (quem não é?). E temos mais tempo para a nossa família. Acho que é isso que todas as famílias querem e por isso se identificam connosco.
E depois há, também, o blogue Família Pumpkin. O que te motivou a criar um blogue?
O Blog da família Pumpkin é um pouco o nosso álbum de família, e foi também o nosso meio de comunicação com as famílias, nos primeiros passos do site. Eu sempre gostei de ter um blogue, um diário para registar momentos especiais e que servisse para manter contacto com família e amigos. Enquanto vivi em Londres tinha um em conjunto com o Frank, e quando nasceu a Pumpkin quisemos guardar as nossas aventuras num blogue dedicado à família Pumpkin. Neste momento sofre da minha falta de tempo para registar todos os momentos que gostaria de guardar, mas estou sempre com vontade de lhe dedicar mais carinho. Quando lês um blogue, o que é que capta mais a tua atenção: os conteúdos, o grafismo, ou ambos? Eu gosto muito de fotografia, por isso a imagem e o grafismo são importantes para mim. Mas o conteúdo é essencial. Se for um blogue lindo mas o conteúdo não me disser nada não o vou seguir. Podes falar-nos um pouco do teu local de trabalho? Tens algum mood board de inspirações? Descreve-o e diz-nos o que mais gostas nele O meu local de trabalho tem variado, estive na Baixa e adorei passear por Alfama, junto ao rio... Agora estamos entre a Avenida da Liberdade e o Príncipe Real e há sítios lindos a descobrir. O espaço onde trabalho não é importante, desde que tenha um bom wi fi pode ser qualquer espaço. Adoro trabalhar em jardins, acho mesmo inspirador. Dá para imaginar que assim é difícil ter um mood board fisicamente comigo, mas vou guardando as minhas inspirações no pinterest, ideias no evernote e as minhas fotos no disco. Assim estão comigo onde quer que esteja. Que conselhos dás a pessoas que, tal como tu, queiram lançar o seu próprio negócio na internet? O meu conselho é que se lancem, que partam para a aventura o mais cedo possível. Criem um protótipo simples e testem rapidamente. Não percam muito tempo e dinheiro a desenhar o site perfeito porque daqui a nada já está obsoleto. Escolham um tema que vos apaixone. E divirtam-se! O que podemos esperar como próximos projectos da Família Pumpkin?
A família Pumpkin anda sempre cheia de ideias... mas ainda é cedo para dar pormenores. Podemos adiantar que estamos a pensar levar a Pumpkin além fronteiras e até já temos o domínio .com a condizer. Early days, mas podem esperar novidades giras.
E para terminar gostava de te pedir para partilhares uma situação inesperada (divertida, caricata) que te tenha acontecido
Um destes dias, a propósito do aniversário de uma amiga muito querida fomos ao Lost.in. As abobrinhas pintaram a manta, desde pendurarem-se das grades da janela do primeiro andar a falar com os turistas, a saltarem nas almofadas, fizeram de tudo, comigo envergonhadíssima.
Às tantas todos os empregados as conheciam pelo nome. E então, instaladas na esplanada, elas resolveram fazer um espetáculo. A rigor. Com dois banquinhos sentaram-se a cantar e deram a performance mais gira que as vi fazer, com direito a "estrela estrela que há no céu" e a música dos "little einstein". Mas o momento alto foi quando as duas micróbias de 3 e 1 ano começaram a cantar "I follow rivers" de Likke Li.
Foi lindo. E ainda mais giro foi descobrir, quando recebemos as imagens da nossa amiga, que a Ana Rita Clara estava a assistir e a aplaudir também.
Muito obrigada, Mariana. Gostei tanto de te ter por cá! Volta sempre ;)
Conheci a Catarina Beato por acaso por aqui. E quis logo conhecê-la melhor. Conhecer a sua história. E trazê-la para o Histórias Contadas. Abordei a Catarina e, com a mesma simplicidade com que nos descreve os seus dias, aceitou o meu convite. Depois, foi esperar, porque antes de falarmos queria ler os “Dias de uma princesa”. Encomendei online e, como uma criança em vésperas de Natal, aguardei ansiosamente por novidades… chegou passado uma semana e, nessa mesma noite, li-o de uma assentada. Hora e meia de emoções fortes. Senti o cheiro a maça, ouvi cantar italiano, chorei com ela, e gargalhei alto e bom som quando foi altura. Um intenso carroussel de emoções, contado por quem as viveu a todas na primeira pessoa. Mas, é tempo de dar a palavra à Catarina, esta menina, mulher, princesa. Deixem-se encantar pela sua história.
Fala-nos um pouco de ti. Conta-nos a história da Catarina que criou o blogue Dias de Uma Princesa
Nasci em 1978. Posso descrever a minha infância em poucas palavras: filha única, mimada, suburbana, normal e feliz. O meu pai mandava os meus textos para o suplemento infantil d'O Diário. Lembro-me do entusiasmo quando via os meus contos publicados n'O Pimpão. Escrevi o meu primeiro diário durante a 4ª classe e mantive este hábito até aos 18 anos, altura em que passei a escrever apenas alguns textos perdidos em cadernos e agendas. A minha adolescência foi também assim: filha única, mimada, suburbana, dramática, existencial, normal e feliz. Entre os 18 e os 24 anos, entrei no curso de Economia [projecto por concluir], comecei a trabalhar, perdi o meu pai e fiquei grávida. E assim recuamos até 2005, tinha 27 anos, um filho de 3 anos, estava desempregada e solteira.
O que te motivou a criar um blogue e porquê este nome?
Em 2005, a morte do meu pai era muito recente e as asneiras que fiz depois da sua morte também (negócios que correram mal). Sentia-me perdida em termos profissionais. Queria voltar a ter um diário. O blogue nasceu assim, num momento em que as caixas de comentários dos blogues substituíam o Facebook e eram maravilhosos pontos de encontro e desencontro. Com três anos, o meu filho Gonçalo dizia tudo na perfeição e tratava-me por princesa. Ficou: “Dias de uma Princesa”. Como escrevi a acompanhar esse nome: “Sou uma princesa. Verdade. Sem familiares reais, nem títulos de nobreza. Sou uma princesa. Porque tu me disseste: "és uma princesa". E eu sou princesa... na tua vida. Na vossa vida.” Não sou uma princesa em mais nada, nem me revejo neste nome que agora já me acompanha e que passou a ser meu.
Quando lês um blogue, o que é que capta mais a tua atenção: os conteúdos, o grafismo, ou ambos?
Primeiro o grafismo e as fotos. Mas volto pelo conteúdo. Não sigo nenhum blogue todos os dias. Vou seguindo. Gosto dos blogues das pessoas que conheço pessoalmente e gosto de blogues de família com boas fotos.
Conheci a Marta no final de 2012 quando a Home Glam fez uma parceria com a Zankyou. Na altura preparou este post que me deixou encantada. A partir daí fui acompanhando o seu trabalho. Por tudo isto e muito mais, quando iniciei esta série de entrevistas, o nome da Marta foi dos primeiros a surgir. Deixem-se encantar pelo mundo desta Costureira de Palavras, que emociona e faz emocionar.
I met Marta in late 2012 when Home Glam made a partnership with Zankyou. By that time, Marta wrote this lovely post about Home Glam. Since then I continue to follow her work. For all these reasons, when I started this series of interviews, Marta’s name was one of the firsts to emerge. Let yourself be enchanted by the world of this Costureira de Palavras (Words Seamstress).
Há algumas semanas partilhei convosco a história da Matilde Beldroega. Hoje quero falar-vos de uma outra história igualmente bonita e inspiradora: a história da Cláudia Casal, também conhecida na blogosfera por Twiggs... Peguem numa chávena de café (ou chá), sentem-se confortavelmente e apreciem esta viagem pelo mundo da Cláudia.
A couple of weeks ago I share with you the story of Matilde Beldroega. Today I’m sharing another inspiring story, the story of Cláudia Casal, author of A Place For Twiggs. Once again, grab a cup of coffee (oe tea), make yourself comfortable and enjoy this journey to Cláudia's world.
Hoje quero partilhar convosco a história e trabalho de Rita Pinheiro, autora da marca Matilde Beldroega®. Uma história bonita e inspiradora de alguém que fez do mundo dos bonecos o seu mundo, na companhia da sua gata Matilde e, mais recentemente, da sua filhota Luisa.
Convido-vos a pegar numa chávena de café, sentar-se confortavelmente e apreciar esta viagem pelo mundo de Matilde Beldroega.
Today I’m sharing with you the story and the work of Rita Pinheiro, author of Matilde Beldroega® brand. A beautiful inspiring story of someone who turn the doll’s world into her own, always with the company of her cat Matilde and, more recently, their little daughter Luisa.
Grab a cup of coffee, make yourself comfortable and enjoy this journey to Matilde Beldroega world.
Fala-nos um pouco de ti. Conta-nos a tua história.
Chamo-me Rita, nasci e vivi no Barreiro até aos 17 anos. Sou licenciada em artes-plásticas e tenho como projecto profissional a marca de brinquedos e outras coisas - Matilde Beldroega. Cá em casa, por brincadeira, dizemos que somos um pouco nómadas, não só gostamos de mudar de casa como gostamos de mudar de localização geográfica, dentro do nosso país - Agora vivemos em Tomar, uma cidade simpática onde gostamos de estar.
Quais foram as tuas primeiras influências para o mundo das bonecas de tecido?
Sem dúvida, as bonecas de trapos que a minha avó paterna me fazia. Eram enormes. Feitas a partir de restos de tecidos que a minha avó guardava. Numa época em que se fazia roupa em costureiras e as sobras eram guardadas para remendos e outras coisas.
Can you tell us something about yourself? Can you share your story?
My name is Rita. I was born in Barreiro and lived there until I was 17 years old. I have a degree in Fine Arts and I design and produce fabric dolls and soft toys under the brand Matilde Beldroega. At home we like to see ourselves as nomads, because we really enjoy moving house and change geographic location, within our country, every now and then. Now we live in Tomar, a friendly town where we feel happy.
What were your earliest influences to the fabric dolls world?
Undoubtedly the rag dolls that my grandmother used to make for me. They were huge, made from scraps of cloth that my grandmother kept. By that time clothing was custom-made by seamstresses and scraps were kept so they could be used as patches, or be resewn into other items.