Halloween #2
Tínhamos tudo preparado: rebuçados de fruta, sombrinhas de chocolate, a abóbora feita pelo pai e duas crianças excitadíssimas.
Convenci-os que ainda eram pequenos para ir pelo prédio fora tocar às campainhas. Em troca, seriam eles a abrir a porta e a entregar os doces aos meninos quando a campainha lá de casa tocasse. Para além disso, eles próprios podiam escolher um doce para comer como sobremesa. Ficaram convencidos.
Durante o jantar, e a cada 2 minutos, perguntavam: "Quando é que vêm os meninos?". "Não sei, temos que aguardar", respondia eu. A hora do jantar passou e nada. O bocadinho da brincadeira passou e nada. A hora do mimo passou e nada. Antes de dormir ainda perguntaram porque é que os meninos não tinham vindo...
Ao chegar a casa, o Pai disse que tinha visto uns miúdos a passar para o prédio em frente. Estranhei mas não liguei.
Esta manhã, ao sair de casa, deparei-me com uma surpresa: uma cruz desenhada na porta da rua. Ok! Confirma-se que passaram por lá ontem. Já que não houve doce, houve travessura. É justo. Sorte a nossa ser uma cruz desenhada com borracha (que sai facilmente com um pano molhado). Imaginem se fosse farinha, como aconteceu a uma colega minha!
Fica o registo: para o ano acrescentar à lista de preparativos para o Halloween mandar arranjar a campainha lá de casa...