Originalmente era utilizado para designar o sítio onde compradores e vendedores se encontravam para trocar os seus bens.
A partir de hoje ganha todo um novo significado. Pelo menos para mim. Merkato é um sonho tornado realidade. É um salto de fé, resultado de muita conspiração boa e o desejo de fazer acontecer...
Merkato é o meu novo projecto. Um projecto de coração que criei com uma querida amiga, a Catarina. E verbaliza o nome que damos à nossa paixão pelo saber fazer português.
Merkato é, também, caderno novo pronto a estrear. Um caderno que queremos encher de merkatorias bonitas, com alma portuguesa, criadas em parceria com pessoas que admiramos e que partilham desta mesma paixão.
A primeira colecção dá pelo nome de The sunny store e resulta de uma parceria com a inspiradora Sofia. Mas isso é outra história, ainda por contar, e que merece um post próprio já a seguir.
Jovens. Estudantes. Inexperientes. Trocaram um fim-de-semana de descanso por quarenta e oito horas de aceleração. E correram, aceleraram, tropeçaram, abrandaram, mas nunca pararam. Sempre em direcção ao pitch final, à validação da ideia.
Por lá passaram vários mentores. Que os ouviram, que partilharam vivências, que os puseram à prova. Eu fui um deles e deu-me imenso gozo... ver o seu entusiasmo, a sua determinação! Porque o que lhes falta em experiência sobra-lhes em vontade de fazer acontecer. E isso não se explica, sente-se!
O 3Day Startup é um programa de educação em empreendedorismo para estudantes universitários baseado na filosofia de aprender fazendo. A ideia é simples: começar empresas de base tecnológica durante um período de 3 dias. Esta será a primeira edição do programa em Évora e começa já amanhã.
Sinceramente não acredito que ninguém lance uma nova empresa em 3 dias. Mas, tenho para mim que não é isso que se pretende. O que se quer é criar o ambiente de uma startup: o entusiasmo de transformar um sonho em realidade, a adrenalina do fazer acontecer, a insegurança do desconhecido, o desconforto de correr contra o tempo. Isso, sim, vai fazê-los sentir na pele toda a magia de criar uma startup (com o bom e o mau que traz consigo).
E é uma sensação tão boa poder fazer parte desse momento. Apesar do friozinho que resolveu instalar-se da minha barriga e que insiste em não ir embora...
Vai ser lançada a 2ª edição do Founder Institute (FI) em Lisboa. Para quem não sabe, o FI é uma incubadora de ideias que tem como objectivo ajudar a criar novas empresas de base tecnológica em todo o mundo, tendo por base a metodologia utilizada em Silicon Valley, a meca do empreendedorismo a nível mundial.
Se tiverem uma ideia/ projecto de base tecnológica que queiram ver transformada numa empresa em 4 meses, candidatem-se. Garanto que é uma excelente oportunidade. Mas, preparem-se, porque vai ser uma grande prova de endurance…
Vão ser avaliados em contínuo. Vão ter pitchs semanais. Vão ter milestones a atingir. Vão pensar várias vezes em desistir.
E vão falar com empreendedores experientes - portugueses e não só. Vão ver a vossa ideia crescer mais forte e vencedora. Vão acelerar a um ritmo que nunca pensaram ser possível. Vão transformar o vosso sonho em realidade com a ajuda de quem sabe!
Se ficaram curiosos e querem saber mais, espreitem aqui ou inscrevam-se na sessão de esclarecimento aqui.
O digital trouxe-nos um mundo de oportunidades de "fazer acontecer" online. Os argumentos são vários: menores custos de investimento e estrutura, mais facilmente escalável, está à distância de um clique. E grande parte das startups que têm surgido nos últimos anos em Portugal, tentam aproveitar essas oportunidades. É o caso da GetSocial, da Adegga e da minha querida Pumpkin.
Mas, eu continuo a gostar muito de produto. É físico, é palpável, tem uma história para contar.
Uma coisa que me dá imenso gozo é percorrer o País na procura dos ofícios que fazem parte da nossa história. Conhecer as caras, aprender com quem sabe, entender o processo de produção. Desengane-se quem acha o contrário, mas Portugal ainda tem uma oferta generosa de gentes e ofícios. Produção artesanal, semi-industrial ou industrial, todas têm o seu lugar no tecido produtivo nacional. E cabe a cada um de nós apoiar na preservação deste nosso património colectivo.
Se é fácil? Com concorrentes como a China e a Índia, penso que não. Mas, se soubermos reinventar as tradições, se aprendermos com exemplos como o IKEA e a Zara, e mantivermos o orgulho nacional, seguramente chegamos lá!