Geração desenrascada
"Processo criativo que origina uma solução sem que existam as aparentes condições necessárias, por vezes efectuado através de métodos pouco ortodoxos."
Ontem fui à Universidade de Aveiro. À chegada deixei cair o telemóvel no parque de estacionamento. Não dei conta na altura. Quando me apercebi e voltei para trás, já era tarde...
Não tenho nenhum topo de gama, mas é um smartphone simpático que serve muito bem para os meus (pequenos) vícios digitais... E tinha desaparecido! Pus-me logo a fazer filmes: alguém o encontrara e ficara com ele!
Passado poucos minutos, a colega que estava comigo recebeu um telefonema. Era o (meu) Nuno a avisar que o telefone estava na portaria dum dos edifícios da Universidade de Aveiro. A sério?! O Nuno, a 250 km de distância?! Mas como?
Passo a explicar: Uma estudante encontrou o telemóvel e, em vez de ficar com ele, fez algo muito diferente... ligou para a minha mãe (mãe é mãe, certo?!). A minha mãe avisou o Nuno e o Nuno ligou para a minha colega.
Já lhe chamaram Geração rasca. Hoje chamam-lhe Geração à rasca. Eu cá prefiro chamar-lhe Geração desenrascada... e honesta. Porque, em vez de guardar o telefone para si, esta miúda desenrascou-se para ajudar alguem que não conhecia.
E é isto! Apesar dos maus exemplos que nos saltam à vista todos os dias na televisão e jornais, este País está cheio de gente boa!
Boa sexta-feira. Bom fim-de-semana!
PS - É estudante universitária. Deve andar na Escola Superior de Saúde de Aveiro. Mas, é tudo o que sei a seu respeito. Por isso, deixo aqui o meu agradecimento, na esperança que algum dia o possa ler.