Quando se fecha uma porta...
Sou de lágrima fácil. Toquem no nervo certo e é vê-las correr cara abaixo sem controlo, dó ou piedade. E este é um daqueles momentos em que as emoções falam mais alto. Na verdade, encerro neste post quase 3 anos de um sonho, uma ideia, um projecto, uma empresa. E tudo isto não passaria de um lugar comum se não dissesse respeito ao meu sonho, à minha ideia, ao meu projecto, à minha empresa.
Estaria a mentir se dissesse que não estou triste. Mal comparado, criar uma empresa é (quase) como criar um filho: as alegrias, as preocupações, as noites sem dormir, as despesas que nunca acabam. A grande diferença é que quando encerra, não é o fim do mundo. É apenas o fim de um ciclo. E essa é a diferença que faz toda a diferença.
A verdade é que retirei tantas coisas boas desta experiência, que só posso estar feliz por um dia ter tido este sonho! Cresci como pessoa, desafiei limites. Descobri uma Marta que desconhecia. Conheci o lado profissional do Nuno (e adaptei-me a ele - isto de ser marido é muito diferente de ser colega de trabalho). Aprendi a viver fora da zona de conforto. A saber lidar com essa situação.
Conheci pessoas maravilhosas. Fui buscar inspiração em cada uma delas. Não cabem neste post todas as pessoas a quem eu gostava de agradecer. Todas aquelas que nos ajudaram sem pedir nada em troca. E todas as outras, que também me ajudaram a crescer como ser humano (embora o tenham feito pelos motivos menos bons).
Ainda que termine o ciclo, ainda que se fechem algumas portas, fica o conhecimento, ficam as amizades, fica uma vida mais plena e preenchida. E ficam também todas as rugas, os cabelos brancos, ficam quase três anos de vida, mais uma das nossas aventuras a dois, romântica como ela só, a mesma que teve início no dia de S. Valentim de 2011.
A vida é feita de escolhas e eu acabei de escolher percorrer um novo caminho. Mas, o bichinho do empreendedorismo continua por cá. Só ainda não descobri para onde é que me vai levar a seguir.