Este ano, o meu Dia da Criança foi muito especial...
Nesse dia a Terra dos Sonhos comemorou o seu 9º aniversário e convidou um conjunto de voluntários, nos quais eu me incluo, a percorrer os vários serviços de Pediatria do Hospital de Santa Maria, disfarçados de personagens de sonho, com o objetivo de espalhar sorrisos por todas as crianças e jovens que se encontravam internados.
E assim foi: vestimos os fatos, encarnámos os personagens e passámos uma manhã diferente a distribuir nuvens de sonhos e a espalhar alegria pelos vários pisos da ala pediátrica do Hospital de Santa Maria.
Tinha consciência que participar nesta ação iria ser muito desafiante para mim. Ainda assim, escolhi participar com um sorriso nos lábios por achar que era o melhor que tinha para oferecer a estas crianças.
Agora que já passou, posso confessar-vos que o sorriso que colei no rosto conseguiu esconder o enorme aperto que senti no peito e todo um carrossel de emoções...
Comoveu-me a alegria das crianças, expressa nos seus sorrisos rasgados. Comoveu-me o amor dos pais nas lágrimas que (a custo) conseguiram conter. Comoveu-me a felicidade do pessoal do hospital nos abraços e fotografias que tiraram connosco. Comoveu-me a generosidade deste grupo de voluntários nas palavras e ações que souberam escolher. E, acima de tudo, comoveu-me (e comove-me!) o autruísmo e força da maravilhosa equipa da Terra dos Sonhos na missão que escolheram abraçar.
Apesar de saber que não está ao nosso alcance fazer com que estas crianças fiquem boas depressa, estou certa que contribuimos para que tivessem um Dia da Criança mais leve e feliz. Isso encheu o meu coração de alegria!
Termino este post agradecendo a toda a equipa da Terra dos Sonhos, em particular à Mara, pela organização da ação, e à Madalena, por me ter desafiado a participar nesta experiência super-enriquecedora.
No dia do regresso fizemos um desvio em direção à Serra da Lousã para mostrar aos filhotes as aldeias do Xisto. Como o tempo estava bom, conseguimos ver várias aldeias durante o nosso passeio pela Serra. Acabámos por parar em Candal, uma das mais conhecidas. Aqui subimos as ruas, espreitámos as casas, desfrutámos da vista e ganhámos balanço para mais uma semana.
Se quiserem saber mais sobre as Aldeias de Xisto espreitem aqui.
Sinto-me muito grata e feliz com o impacto que o post do Sky Garden teve. A sério! Portugal está cheio de iniciativas giras. Se puder dar o meu contributo para que mais pessoas as conheçam, contem comigo.
Por isso mesmo, o post de hoje é dedicado a todos aqueles que ficaram com vontade de ir a Coimbra. Com base no nosso passeio, preparei uma espécie de roteiro turístico ilustrado para quem queira ir passar dois ou três dias à cidade dos estudantes.
Jardim Botânico
Comecem o passeio pelo Jardim Botânico na alta da cidade. Nesta altura do ano, está especialmente bonito e florido, pelo que recomendo uma visita. Para os mais aventureiros, há o Sky Garden que é outro excelente incentivo para visitarem o Jardim!
Alta da cidade (Universidade de Coimbra, Museu Nacional de Machado de Castro, Sé Nova)
Mantenham-se pela Alta da cidade. Esta zona, assim como a Universidade de Coimbra, fazem parte da lista de Património Mundial da UNESCO e merecem uma visita!
No recinto da Universidade e no Paço das Escolas há muito que ver. Recomendo uma visita à Capela de S. Miguel e à Biblioteca Joanina. No edifício principal são locais de passagem obrigatória a Sala dos Capelos e o corredor norte, que tem uma panorâmica espectacular sobre a cidade.
Desçam até ao largo Dr. José Rodrigues. Aí encontram a Sé Nova e o Museu Nacional de Machado de Castro, monumentos muito bonitos que vale a pena visitar.
Se quiserem almoçar, recomendo o Loggia no Museu Nacional de Machado de Castro. A comida não é fantástica, mas a vista da esplanada é muito gira.
Paço das Escolas da Universidade de Coimbra
Torre e Capela de S. Miguel
Sala dos Capelos
Universidade de Coimbra
Vista da esplanada do Museu Nacional Machado de Castro (Sé Velha)
Baixa da cidade
Sigam em direção à Baixa, pelas ruas estreitas da cidade. Pelo caminho descubram outros locais emblemáticos de Coimbra: a Sé Velha, a casa de Zeca Afonso, as várias repúblicas estudantis, as casas de fado. E não estranhem se se cruzarem com grupos de jovens em traje académico e com longas capas negras. Estamos na cidade dos estudantes!
Se forem como nós, quando chegarem à Baixa já devem estar a precisar de descansar. Sentem-se numa esplanada a observar a vida da cidade. Se quiserem mais um pouco de diversão, sigam até ao Parque da Cidade, nas margens do rio Mondego, onde poderão dar um passeio a pé ou de bicicleta.
Recomendo, também, que vão a uma Casa de Fados. Perto da Sé Velha têm o Fado ao Centro, ideal para ir ao final do dia ouvir Fado de Coimbra, enquanto bebem um copo de vinho. Junto ao mercado têm À Capella. Aqui, podem jantar ou beber um copo à noite, enquanto ouvem o Fado de Coimbra. Em ambos, marquem com antecedência pois correm o risco de não arranjar lugar.
Encontro de estudantes
Sé Velha e edf. onde viveu Zeca Afonso
Baixa da Cidade
Margem esquerda do rio Mondego e Mosteiros de Santa Clara
Comecámos o segundo dia no Portugal dos Pequenitos. Como este post já vai longo, deixo o registo para outro post, e sigo direta para o mosteiro de Santa Clara-a-Velha, que é mesmo ao lado.
O mosteiro encontra-se meio enterrado e é comum ficar submerso quando o leito do rio enche. Este Inverno esteve, uma vez mais, submerso, mas já está visitável.
No alto da encosta fica o mosteiro de Santa Clara-a-Nova. Aqui poderão conhecer um pouco da história e da lenda da Rainha Santa Isabel, a padroeira da cidade.
Ainda deste lado do rio, recomendo uma visita aos jardins da Quinta das Lágrimas. Reza a história que era nestes jardins que o Infante D. Pedro marcava encontros românticos com Inês de Castro. Na Quinta das Lágrimas existe também uma Fonte das Lágrimas, cujas águas terão, segundo a lenda, tido origem nas lágrimas vertidas por Inês quando foi assassinada. O sangue do seu corpo terá deixado uma mancha de algas avermelhadas na rocha, visível ainda hoje.
Nós acabámos por não ir à Quinta das Lágrimas, o que deixou o Gonçalo um bocadito triste porque já conhecia a história pelo livro "Uma aventura na Quinta das Lágrimas" e queria ver a famosa mancha de sangue deixada por Inês.
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Rainha Santa Isabel e Princesa Mariana
Mosteiro de Santa Clara-a-Nova
Termino com uma proposta para o almoço: o restaurante Itália, na margem direita do rio. Ideal para quem gosta de comida italiana, sejam pizzas, massas ou gelados!
Em alternativa, com muitas tapas e petiscos para todos os gostos, têm os restaurantes Dux. Nós fomos jantar à Taberna Urbana e gostámos!
Este fim-de-semana fomos descobrir Coimbra e, por recomendação de uns amigos, começámos o nosso passeio no Jardim Botânico literalmente em cima das árvores.
Não pensem que sou do estilo radical... Lá por ter descoberto o yoga suspenso, não quer dizer que vá experimentar todas as atividades desafiantes que me lembre. Acontece que os filhos puxam-nos para estas coisas e, quando o pai tem vertigens, é a mãe que se chega à frente...
Chama-se Sky Garden e é um parque aventura de Arborismo, inserido na mata do Jardim Botânico, em plena cidade de Coimbra.
O parque tem 5 percursos, que vão aumentando de altura e grau de dificuldade. O primeiro é o percurso iniciados e é aí que tudo começa... Depois é seguir em frente, um a um, até ao mais físico e desafiante de todos, o percurso desporto.
As crianças com menos de 1,40 m devem ser acompanhadas por um adulto e, como lá em casa temos dois baixotes, este é o ponto de partida para a (minha) aventura.
A Mariana assustou-se logo no primeiro percurso e não quis continuar. O Gonçalo, que é arraçado de Mogli, fez os percursos todos. Quanto a mim, lá o fui seguindo... ao meu ritmo, e só até completar o segundo percurso (os restantes deixei para ele. Eu já tinha a minha dose!).
Deixo-vos com algumas imagens. Acho que falam por si... entre diversão e nervosismo, as emoções estão lá todas.
Este projeto tem ainda uma componente ambiental e de preservação da mata interessante. Por um lado, as plataformas são colocadas segundo técnicas que não prejudicam as árvores. Para além disso, os colaboradores do Sky Garden que estão habituados às alturas, fazem a poda das árvores e a manutenção da mata.
Mas, nem tudo são boas notícias, o Sky Garden vai sair do Jardim Botânico no final deste ano. Parece que a universidade tem novos planos para a mata e eles terão que ir embora. Por isso, se ficaram com vontade de experimentar, apressem-se!